Abre os olhos, meu amor.
Quero rever-nos em ti, quero olhar-nos e reviver, rebuscar.
Quero rever-nos em ti, quero olhar-nos e reviver, rebuscar.
Fecha-me os olhos, meu amor.
Não quero continuar a amar-te mesmo com as costas voltadas. Como posso continuar a amar-te no silêncio da porta, no barulho ausente dos passos, nas fotografias descoloradas e envelhecidas, de tantas vezes manuseadas, nas cartas sem resposta e tantas vezes relidas. Não consigo empurrar-te enquanto me puxo.
Não quero continuar a amar-te mesmo com as costas voltadas. Como posso continuar a amar-te no silêncio da porta, no barulho ausente dos passos, nas fotografias descoloradas e envelhecidas, de tantas vezes manuseadas, nas cartas sem resposta e tantas vezes relidas. Não consigo empurrar-te enquanto me puxo.
Dias do meio entre o início e o fim. Foi aqui que estaquei, esperando alcançar-nos novamente. Não me cedas um tempo que não é teu. Não me dês um tempo que não possuis.
No revirar dos dias, no vislumbrar do teu sorriso, no recorte da tua sombra, penso e sinto o que não queria, nem podia, sentir, apesar de ainda só te ver de costas voltadas.
No revirar dos dias, no vislumbrar do teu sorriso, no recorte da tua sombra, penso e sinto o que não queria, nem podia, sentir, apesar de ainda só te ver de costas voltadas.
Quando se aprende a amar, não se pode aprender a maneira de esquecer: o meu dia de amanhã ainda pode voltar a ser teu.