sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Tudo e Nada



Uma estrela cadente deixa o seu rasto brilhante no céu negro, polvilhado de outros pequenos pontos brilhantes. Levanto a cabeça e vejo que ainda existe céu.
Uma réstia de brilho ilumina uma lágrima que rola livremente pelo meu rosto. As palavras continuam a ecoar na minha cabeça. Conquistar. Dominar. Libertar. Prender. Ganhar. Perder.
Assento os pés no chão e sinto que ainda existe terra.

A estrela já passou, fugaz no seu aparecimento, lesta na sua fuga. Aparecer. Desaparecer.
O seu trilho foi traçado desde o início, mas o seu fim surgiu mais rápido do que se poderia prever.
Presa na sua própria passagem. Livre na sua retirada.

Seremos todos tentados a procurá-la uma vez mais, varrendo os céus com o olhar, como quem quer voltar a acreditar que algum dia lá esteve. Olhamos, mas não vemos; se vemos, não reparamos.

Cegamente e com os sentidos entorpecidos, perdemos o rumo e só resta vaguear por todos os caminhos que entretanto surgem, procurando o que deixamos que se perdesse. Só pedi para me aprenderes.

Tão perto e tão longe. Tanto e tão pouco.
Acordo e ainda sinto.

2 comentários:

Anónimo disse...

Seja bem-vinda de novo! Já tinha saudades! Sempre em grande forma...não desiludes!

Beijinhos grandes

Anónimo disse...

Olá prima linda!

Que bom poder "ler-te" de novo!
Faz-me bem...
Beijo grande