O velho moleiro sobe a colina.
Pelo caminho, outrora percorrido por tantos outros passos, pensa simplesmente em conseguir alcançar o moinho.
Ouve apenas o estalar escarlate das folhas caídas ao longo das veredas.
A mó está tão gasta como as recordações que sustentam o moleiro com olhos cor de Outono.
Tritura. Mói. Esmaga.
Tal como o peso das memórias que nos carregam pela vida.
De volta a casa, acende a lareira para esquecer o frio da solidão e recolhe os pensamentos perdidos.
A mó continua a girar. Dentro da sua alma.
3 comentários:
Amei :)
Muito bonito! Foi a primeira vez que visitei o teu blogue e gostei muito. Beijinho grande.
Demais!!!
Es uma poetiza!!!
Enviar um comentário